Com a eliminação do Brasil, os sindicatos do país devem retomar as campanhas salariais, que provocaram paralisações dias antes da Copa, como a greve dos metroviários em São Paulo.
“As negociações salariais e possíveis paralisações foram pausadas com a Copa, mas devem voltar a ocorrer antes do calendário eleitoral”, diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
Neste segundo semestre, categorias como bancários, petroleiros e metalúrgicos começam suas campanhas salariais e devem fazer greves nos próximos meses.
Na semana que vem, dirigentes dos metalúrgicos de São Paulo (ligados à Força Sindical) se reúnem para definir a campanha salarial.
José Maria de Almeida, candidato à Presidência pelo PSTU e um dos coordenadores da CSP (Central Sindical Popular) Conlutas, diz que novas paralisações devem ocorrer a partir de julho e que serão fortes.
“Há insatisfação com salários, com serviços públicos oferecidos e com os gastos feitos com a Copa”, diz.
O fato é que, com a inflação mais elevada, os trabalhadores têm mais dificuldade para repor as perdas no bolso.
Por essa razão, a tendência é que as paralisações aumentem, avaliam economistas e sindicalistas.
ANTECIPAÇÃO
Além dos metalúrgicos, têxteis e comerciários de São Paulo devem antecipar a negociação com os patrões para evitar que o diálogo se arraste durante as eleições e prejudique as categorias.
Mesmo categorias mais fragmentadas e sem tradição de greve, como os comerciários, discutem formas para fazer mobilizações.
Fonte: Claudia Rollide/São Paulo